sexta-feira, 27 de junho de 2014

O nosso novo companheiro de viagem

Conto-vos a minha experiência...

Quando engravidei ouvi imensas pessoas a dizerem "agora acabaram as viagens" e "agora com um filho viajar já não vai ser tão fácil"... confesso que sempre disse a mim mesma e até a essas pessoas que nada iria mudar mas, bem lá no fundo, receava que tivessem razão.

O D. nasceu e eu encarei este nosso jovem companheiro de viagem como alguém que iria acrescentar toda uma nova dimensão às minhas experiências de viagem. 

Quando surgiu a época de começar a planear a viagem tentei reduzir as minhas expectativas, defini objetivos realistas e encarei tudo com calma.

A verdade é que a viagem correu lindamente e o D. portou-se à altura... 
Conclusão: SUPEREI AS EXPECTATIVAS.

Deixo-vos algumas dicas que esta experiência me deixou.
  • Ser flexível - pode ser uma  experiência - se não pensar demasiado. Muitos estímulos em termos visuais e sonoros ao mesmo tempo podem estimular excessivamente a criança e temos de compreender que em algumas situações entrem em stress. Quando ainda não andam é mais fácil controlar as situações. Devemos definir itinerários simples para que nos possamos adaptar a situações de ultima hora.
  • Escolher destinos adequados - aqui pecamos um pouco (apesar de ter corrido bem) é bem mais fácil escolher destino repousante do que a azafama de grandes cidades. Evite locais sem sombra e adeqúe os passeios às horas do dia. Procure hotéis "amigos" das crianças, infelizmente existem hotéis que não aceitam crianças. 
  • Levar sempre comida e bebida - certifique-se que leva água suficiente e comida para qualquer emergência ou mudança de rota, não é fácil encontrar comida adequada a crianças tão pequenas nos restaurantes comuns. Levei bolachinhas, boiões de fruta, saquetas de papa e sopa que fazia no hotel com uma máquina própria que levei (obrigada Rita) e claro que a comida deve ser adequada à idade, neste caso 11 meses. E NÃO esquecer toalhetes húmidos, dão imenso jeito.
  • Fazer paragens frequente - se viaja de carro (que foi o nosso caso), devemos fazer paragens frequentes para que o bebé liberte um pouco de energia e não entre em stress. Leve brinquedos para o manter entretido (cantar também pode resolver).
  • Pensar na segurança do bebé - Além do kit de emergência (benuron e afins...) devemos certificar-nos de que a cadeira bem fixada no acento do carro e tapa-sóis. Em transportes públicos posicionar o bebé de forma segura.
  • Comprar no destino - há imensas coisas que escusamos de levar e que podemos comprar no destino, no entanto, convém certificar-se que não é demasiado caro ou, no caso de países com culturas diferentes, se existe à venda.
  • Transportar o bebé a pé - o carrinho dá imenso jeito para não nos sobrecarregar, porém, em alguns locais não é nada viável (visitar uma torre e subir 366 degraus!!!), usei e aconselho vivamente o uso de uma mochila de transporte do bebé (uso uma ergobaby e estou habituada a ela, quem não tem por hábito usar não se vai sentir confortável).
Estaria aqui a escrever a noite toda mas... tenho de começar a organizar a descrição dos locais que visitei  :)

3 comentários:

  1. Posso dizer que comecei a viajar com a minha filha quando ela tinha 6 meses de idade. Fui do Porto a Peniche.
    Costumo planear as minhas viagens com grande antecedência: ver se existem Centros Comerciais no trajecto para se poder parar descansadamente e fazer refeições, ver onde se situam os postos de combustíveis. Perto da viagem, ver a meteorologia e no dia próprio dia ligar a rádio para verificar o trânsito e saber se existem acidentes inesperados.
    Se for para o interior do país, talvez encontrar uma base para dormir, tipo uma cidade de pequena a média dimensão, e então poder partir à descoberta no dia seguinte, com mais calma.

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  2. Esqueci-me de dizer que existem restaurantes que não têm cadeirinhas para as crianças pequenas. É melhor estudar essa questão.
    Quanto a Hotéis que proíbem a entrada de crianças, não é permitido por lei, está na Constituição. Tem que ser denunciada essa situação junto das entidades competentes.

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